Créditos
Produção e concepção: João Manuel Alves/ Tecnologia Blogger
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Matriz da Ribeira Grande, Igreja de Nossa Senhora da Estrela, Ilha de São Miguel
Remonta a uma ermida sob a invocação de Nossa Senhora da Purificação, que existiu no local em fins do século XV. Em 4 de junho de 1507, dois meses antes da elevação da povoação a vila, deu-se início à construção de uma igreja matriz. Tendo como modelo a Igreja de São Miguel Arcanjo, em Vila Franca do Campo, a obra foi confiada ao mestre de obras biscaínho Juan de la Peña por 140 mil réis.
As obras foram concluídas em 1517, sob a invocação de Nossa Senhora da Estrela. Foi sagrada pelo bispo de Tânger, D. Duarte, que à época viera a São Miguel em delegação do bispo do Funchal. Na ocasião, foi depositada no altar-mor uma caixa com relíquias sagradas.
Os trabalhos de decoração prosseguiram pelo século XVI, sendo adquiridos painéis, retábulos e paramentos de grande valor artístico. O padre António Cordeiro refere-se a um altar aqui instituído por D. Mécia Pereira e seu marido, D. Gomes de Melo, que continha um painel dos Reis Magos, ainda hoje existente, e que deve datar de 1582, ignorando-se se terá sido executado na ilha ou trazido de fora.
Em 1581, quando foi sagrado o novo retábulo pelo bispo de Angra, D. Pedro de Castilho, foram juntas novas relíquias às já existentes, descritas em um pergaminho que ficou guardado na antiga caixa:
"Aos nove de abril eu, D. Pedro Castilho, Bispo de Angra, consagrei este altar à honra da virgem, Nossa Senhora do Loreto, e nele meti as suas relíquias; a saber: Uma pequena partícula de pau e uma pouca terra de sua casa do Loreto e um osso das onze mil virgens e um osso pequeno de S. Sebastião. (...)"
O templo foi abalado pelos terramotos de 1563, 1564, 1571, 1588 e 1591. Por volta de 1680 a derrocada da torre sineira destruiu uma das naves e arruinou as demais. O então vigário Hierónimo tavares chegou mesmo a cogitar a reedificação total, mas diante da dificuldade de recursos a mesma foi sendo adiada.
A 3 de maio de 1728 foram depositados na Igreja da Misericórdia, onde permaneceriam durante um período de oito anos em que durariam as obras, o Santíssimo Sacramento, imagens e objetos da Matriz.
Após a demolição do antigo templo, inciou-se a construção do atual, com projeto de Sousa Freire, então vigário da Ribeira Seca. Após o falecimento deste, as obras passaram a ser orientadas por Manuel de Vascocelos. Os trabalhos prolongaram-se até 1736, com o contributo das esmolas da população.
Em 5 de setembro de 1834, o teto do templo desabou, tendo sido reconstruído a expensas da Junta da paróquia.
Em 1862, o prior Jacinto do Amaral mandou restaurar as talhas de toda a igreja, tendo encomendado paramentos, imagens e pratas artísticas.
Aqui assistiu como vigário, de 15 de agosto de 1565, data da sua posse, até 1591, ano do seu falecimento, o padre Dr. Gaspar Frutuoso, que chegou transferido da Igreja Matriz de Santa Cruz da Vila da Lagoa. Aqui, nos últimos anos de sua vida, redigiu a crónica que o imortalizou, as "Saudades da Terra". Os seus restos mortais aqui estiveram depositados por séculos até serem transferidos para o cemitério da vila.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público.
domingo, 23 de junho de 2013
A Igreja de S. Nicolau - Sete cidades - Ilha de São Miguel
A Igreja de S. Nicolau, de estilo neogótico, foi construída
no século XIX, passando a ser sede de curato e de paróquia, na segunda metade
do século XX.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Capela de Nossa Senhora das Vitórias - Furnas - Ilha de São Miguel
A Capela de Nossa Senhora das Vitórias localiza-se nas Furnas, na ilha de São Miguel, nos Açores. É considerada como um dos mais ricos e originais templos do arquipélago.
Foi mandada erguer por José do Canto, em consequência de um voto formulado por ocasião de uma doença grave de sua esposa. O seu testamento, escrito em 27 de Junho de 1862, reza:
“ Tendo feito, durante a maior gravidade da moléstia de minha esposa, em 1854, o voto de edificar uma pequena capela da invocação de Nossa Senhora das Vitórias, e não havendo realizado ainda o meu propósito por circunstâncias alheias à minha vontade, ordeno que se faça a dita edificação, no caso que ao tempo da minha morte não esteja feita, no sítio que havia escolhido, junto da Lagoa das Furnas, com aquela decência, e boa disposição em que eu, se vivo fora, a teria edificado ”
A ermida foi levantada ainda em vida de José do Canto, do que resultou que a mesma ficasse a constituir uma pequena maravilha artística, em estilo neo-gótico, imitando as grandes catedrais europeias. A obra de cantaria foi executada por pedreiros micaelenses sob a chefia do Mestre António de Sousa Redemoinho, de Vila Franca do Campo. A capela ficou muitíssimo valorizada com riquíssimos vitrais.
Foi inaugurada solenemente no dia 15 de agosto de 1886, ainda em vida de José do Canto, referindo-se os jornais do tempo, a essa festa, em termos elogiosos. A imagem do altar-mor é feita de jaspe e os vitrais que circundam o templo evocam passos da vida de Nossa Senhora desde o nascimento à assumpção.
A Capela de Nossa Senhora das Vitórias foi construída nas imediações da casa de veraneio de José do Canto, que nela se encontra sepultado com sua esposa.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público pela Resolução n.º 187/98, de 6 de Agosto e pela Resolução n.º 56/2001, de 17 de Maio
sábado, 15 de junho de 2013
Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe – Ilha Graciosa
A primitiva igreja desta freguesia foi fundada no século
XVII pelo capitão Domingos Pires da Covilhã. De pequenas dimensões, foi
decidida a construção de um novo templo, mais amplo, e em local acessível.
Autorizada a obra em 1713, os caboucos começaram a abrir-se
no dia 15 de maio, tendo a primeira pedra sido colocada e benzida no dia 22.
No
dia 1 de Setembro de 1754 começaram as obras do corpo da igreja. No dia 1 de Agosto de 1756 foi benzida solenemente e, no dia 5, transladaram-se o
Santíssimo Sacramento e as demais imagens do antigo templo. As obras foram
custeadas pela população da freguesia, sendo grandemente animadas pelo padre
João Ávila.2 A grande demora na sua edificação justifica-se pelas crises sísmicas ocorridas no período, com destaque para o grande terramoto de 1717.
Foi restaurado em nossos dias por acção do Governo Regional
dos Açores ao custo de 42.408 euros, dado o seu valor cultural e uma vez que a
paróquia não possuía os meios necessários para o fazer.
A primeira tentativa foi promovida no ano de 1989, em pouco
tempo interrompida devido à extensão dos danos anteriormente causados pelo
terramoto 1 de Janeiro de 1980 e uma vez que o a verba destinada ao restauro do
órgão ter sido consumida nas obras de restauro do templo. A restauração só
seria concluída duas décadas depois, em 2010.
A festa do orago realiza-se anualmente no primeiro domingo
de Agosto.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Igreja Matriz de São Jorge
A Igreja Matriz de São Jorge é uma igreja católica
portuguesa localizada em Velas, na ilha açoriana de São Jorge.
Esta igreja foi levantada no local onde dantes existia a
primitiva igreja de São Jorge de que fala o testamento do Infante D. Henrique,
e que datava de 1460.A licença para a sua construção foi requerida pelo padre Baltazar Dias Teixeira, e concedida por D. Afonso VI, por alvará de 23 de Abril de 1659. Para esse efeito, em Outubro de 1660 a Câmara Municipal de Velas teve de lançar uma finta anual a começar no ano seguinte.
Todavia, só em 1664 a obra da edificação principiou, sendo arquitecto da mesma o pedreiro Francisco Rodrigues. A construção decorreu normalmente, sendo a igreja sagrada em Fevereiro de 1675, pelo então bispo de Angra do Heroísmo, D. Lourenço de Castro.
A actual fachada já não é a mesma de então. No seu interior,
composto por três naves, são dignos de nota o retábulo da capela-mor que,
segundo a opinião do Dr. João Teixeira Sousa, parece ter sido o que D.
Sebastião ofereceu à vila, e a que se refere a vereação de 12 de Agosto de
1570.
Destaca-se também o altar lateral com abóbada de caixotões,
tendo no centro a figuração do Santíssimo Sacramento lavrada na cantaria
basáltica e dois púlpitos em pedra, com escada. No coro alto, encontra-se um
órgão de tubos construído em 1865 por Tomé Gregório de Lacerda, tio do famoso
compositor Francisco de Lacerda.
Quando aquele bispo esteve na ilha para a sagração do
templo, a artilharia dos Fortes das Velas gastaram em salvas, à entrada e à
saída 110 libras (medidas da altuta) de pólvora. A construção da torre decorreu
em 1825, segundo Avelar, nela se colocando três sinos que, em 1831, foram
apeados para fazer moeda na Ilha Terceira. O sino grande que foi posto em 1871
pesava 468,700 quilos.
Esta igreja matriz possuía várias confrarias que mais tarde
seriam extintas. Em 1902 a única confraria ali existente era do Santíssimo
Sacramento, erecta em 1793, e que tinha a seu cargo as festividades ligadas com
a procissão do Corpo de Cristo e as cerimónias das doenças.
Esta igreja tem vaios vitrais contemporâneos, testemunhando
a lenda de São Jorge a matar o dragão.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Igreja São Francisco - ilha do Faial
A bela Igreja e Convento de São Francisco situa-se no
maravilhoso centro histórico da bela cidade da Horta, na Ilha do Faial,
Arquipélago dos Açores, albergando igualmente o Museu de Arte Sacra, na anexa
Capela do Senhor dos Passos.
Fundado em 1522, o Convento de São Francisco foi muito
destruído aquando o incêndio provocado por Corsários em 1597, procedendo-se à
sua reconstrução e posterior destruição com uma intempérie.
Foi já no final do século XVII, em 1696 que se procede à
construção do templo actual, nesta localização, num estilo Maneirista e
diversos elementos Barrocos, nomeadamente no interior.
Grande parte do Convento ficou destruído aquando um violento
incêndio em 1899, salvando-se a Igreja.
A Igreja caracteriza-se pelas suas três naves e torre
sineira do lado esquerdo, organizando-se a fachada em quatro níveis.
O seu interior alberga um rico espólio, de onde se destacam
Talha Dourada e Azulejos setecentistas, e também importantes Imagens e Telas.
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