A Igreja Matriz de São Jorge é uma igreja católica
portuguesa localizada em Velas, na ilha açoriana de São Jorge.
Esta igreja foi levantada no local onde dantes existia a
primitiva igreja de São Jorge de que fala o testamento do Infante D. Henrique,
e que datava de 1460.A licença para a sua construção foi requerida pelo padre Baltazar Dias Teixeira, e concedida por D. Afonso VI, por alvará de 23 de Abril de 1659. Para esse efeito, em Outubro de 1660 a Câmara Municipal de Velas teve de lançar uma finta anual a começar no ano seguinte.
Todavia, só em 1664 a obra da edificação principiou, sendo arquitecto da mesma o pedreiro Francisco Rodrigues. A construção decorreu normalmente, sendo a igreja sagrada em Fevereiro de 1675, pelo então bispo de Angra do Heroísmo, D. Lourenço de Castro.
A actual fachada já não é a mesma de então. No seu interior,
composto por três naves, são dignos de nota o retábulo da capela-mor que,
segundo a opinião do Dr. João Teixeira Sousa, parece ter sido o que D.
Sebastião ofereceu à vila, e a que se refere a vereação de 12 de Agosto de
1570.
Destaca-se também o altar lateral com abóbada de caixotões,
tendo no centro a figuração do Santíssimo Sacramento lavrada na cantaria
basáltica e dois púlpitos em pedra, com escada. No coro alto, encontra-se um
órgão de tubos construído em 1865 por Tomé Gregório de Lacerda, tio do famoso
compositor Francisco de Lacerda.
Quando aquele bispo esteve na ilha para a sagração do
templo, a artilharia dos Fortes das Velas gastaram em salvas, à entrada e à
saída 110 libras (medidas da altuta) de pólvora. A construção da torre decorreu
em 1825, segundo Avelar, nela se colocando três sinos que, em 1831, foram
apeados para fazer moeda na Ilha Terceira. O sino grande que foi posto em 1871
pesava 468,700 quilos.
Esta igreja matriz possuía várias confrarias que mais tarde
seriam extintas. Em 1902 a única confraria ali existente era do Santíssimo
Sacramento, erecta em 1793, e que tinha a seu cargo as festividades ligadas com
a procissão do Corpo de Cristo e as cerimónias das doenças.
Esta igreja tem vaios vitrais contemporâneos, testemunhando
a lenda de São Jorge a matar o dragão.
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